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30/10/2006 - O Povo / Agência Estado
Investimentos contra fraudes
As empresas de plano de saúde começam a investir na tecnologia para enfrentar as fraudes cometidas pelos próprios clientes. O recurso usado é a biometria, que consiste na identificação eletrônica das pessoas por meio de alguma parte do corpo.
No Brasil, clientes já são identificados pelo dedo. Como não existe uma impressão digital idêntica a outra, os planos de saúde evitam que um não-cliente use a carteirinha de um cliente para ser atendido por um médico ou fazer um exame.
As fraudes atingem 20% dos procedimentos cobertos pelos planos, segundo estimativa da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), entidade que congrega operadoras de planos de saúde. Isso inclui tanto irregularidades por parte dos clientes como dos prestadores dos serviços - médicos, laboratórios e hospitais.
A Unimed Paulistana começou a testar a biometria em julho, quando instalou aparelhos de leitura digital em dez consultórios, duas clínicas e um hospital da região metropolitana de São Paulo. A DixAmico, que já usava o sistema no Estado do Rio, recentemente levou a tecnologia para São Paulo. A Samcil e a Amil estudam substituir a carteirinha pela leitura digital.
Ao adotar a biometria, hospitais, consultórios e laboratórios são obrigados a se informatizar. Os dados dos pacientes ficam disponíveis em tempo real na rede interna dos planos de saúde. Dessa forma, quando um cliente deixa o plano, os prestadores recebem a informação imediatamente - hoje, é possível que se use a carteirinha do convênio por semanas após o fim do contrato.
A biometria reduz as fraudes, mas não elimina o problema. Uma forma de burlar o sistema é o paciente pôr o dedo na máquina e, na hora do atendimento, outra pessoa entrar em seu lugar. Para evitar isso, a Hapvida - pioneira no Brasil no uso da biometria, com os primeiros aparelhos instalados em 1997 - criou um incentivo para que as secretárias dos médicos não permitam esse tipo de fraude.
"Elas ganham pontos por cada fraude denunciada. A pontuação pode ser trocada por prêmios, como viagens e check-ups", diz Tarciso Machado, gerente de tecnologia da Hapvida, que tem sede em Fortaleza. Segundo ele, a conta médica mensal ficou R$ 1,2 milhão mais barata.
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