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07/03/2008 - O Documento
Operação desmonta esquema de notas frias em Rondonópolis
Sete pessoas foram indiciadas pela Polícia Judiciária Civil de Rondonópolis (212 km ao Sul), acusadas de envolvimento em crimes de estelionato, uso de documento falso, formação de quadrilha e posse ilegal de arma de fogo. O grupo foi preso em Primavera do Leste (231 km ao Sul de Cuiabá), durante a operação “Grãos de Ouro”.
O esquema era comandado por Vitor Neisse, de 51 anos, a mulher dele Elci Malise Rott Neisse, de 51 e o filho Felipe Charles Neisse, 21, presos na operação. Eles foram presos em Primavera do Leste e transferidos para Rondonópolis, onde prestaram depoimento e foram encaminhados a Cadeia Pública da região.
Há 10 meses as atividades criminosas da organização eram investigadas pela Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), de Rondonópolis, com suspeitas de uso de notas “frias” para venda de grãos de sojas. Uma empresa de fachada chegou a ser montada em Primavera do Leste com a finalidade de falsificar notas fiscais em nome de fazendas fantasmas da região, simulando a venda de cereais (soja), lesando empresas de Rondonópolis. Nas notas montadas continham, além dos dados dos imóveis rurais, informações falsas sobre o veículo usado no transporte, do motorista.
Nas averiguações a polícia descobriu que o endereço da empresa fantasma é de uma quitinete. As fazendas também não existem nas regiões que constam nas notas, uma no município de Santo Antônio do Leste e outra Poxoréu. Lá ainda não há plantações de sojas e de nenhum outro produto agrícola. A empresa operava na região há mais de 18 anos.
De acordo com o delegado Claudinei de Souza Lopes, o suposto empresário Vitor nega todas as acusações e alega que falsificava as notas para fraudar o pagamento de impostos. A principal vítima dos falsificadores, segundo a polícia, é uma empresa multinacional esmagadora de grãos de soja com sede em Rondonópolis.
O prejuízo da empresa foi avaliado em cerca de R$ 400 mil. As notas entravam na empresa de Rondonópolis como se a carga estivesse realmente sendo entregue. O delegado Claudinei acredita que o golpe contava com a ajuda de funcionários da empresa compradora dos grãos. Os pagamentos eram feitos em nome da mulher do empresário, Elci Malise Rott Neisse, cujo patrimônio imobiliário está avaliado em mais de R$ 3 milhões.
APREENSÕES - Durante as buscas os policiais encontraram na residência dos Neisse um revólver calibre 38 municiado e munições importadas do México. Com o grupo, a polícia apreendeu quatro veículos, sendo uma Toyota Hilux nova, um Fiat Pálio e duas Picapes Fiat Strada.
A operação contou com a participação de onze policiais civis de Rondonópolis com apoio da Polícia Civil de Primavera do Leste.
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