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17/09/2013 - G1
A Oscip é suspeita de participar de esquema de desvio de dinheiro público. Casa de presidente fica em um condomínio de luxo em Nova Lima.
PF faz buscas em casa de presidente de instituto suspeito de fraude
A Polícia Federal faz, nesta terça-feira (17), buscas na casa do presidente da oscip Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC). Deivson Vidal é suspeito de ter participado de um esquema de desvio de dinheiro a partir de fraude em contratos para prestações de serviço em parceria com órgãos públicos. A suspeita é de que a oscip seria usada para prestar serviços que tinham contratos cancelados após o depósito das verbas. Dessa forma, o pagamento era efetuado, mas os serviços não eram prestados.
O presidente da oscip foi levado da penitenciária Nelson Hungria até a sede da Polícia Federal, na Região Oeste de Belo Horizonte e, então, acompanhado por policiais até sua residência, em um condomínio de luxo em Nova Lima. Segundo o delegado responsável pelo caso, a equipe faria buscas por provas e documentos na casa do suspeito.
As buscas são parte das investigações iniciadas pela operação Esopo, realizada pela Polícia Federal no dia 9 de setembro, que prendeu 22 pessoas no país, sendo 15 em Minas Gerais. Investigações da Operação Esopo estão em andamento em 10 estados e no Distrito Federal.
Operação Esopo
A operação da Polícia Federal tem o nome “Esopo” como uma referência ao escritor grego autor da fábula “Lobo em pele de cordeiro”. O nome foi escolhido para explicar a conduta da Oscip investigada. Segundo a Polícia Federal, o esquema crimonoso funcionava com a participação de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e de empresas, pessoas físicas, agentes públicos, prefeituras, governos estaduais e ministérios do governo federal. Em cinco anos, o prejuízo seria de R$ 400 milhões, em 10 estados e no Distrito Federal.
Conforme afirmou a polícia, a organização envolvida no esquema criminoso se valeu da justificativa de atuar em parceria com o poder público para obter lucros. A operação envolve também o Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal. Ao todo, a ação consiste no cumprimento de 101 mandados judiciais, sendo 44 de busca e apreensão, 20 de sequestro de valores, bens móveis e imóveis, 25 de prisão temporária e 12 mandados de condução coercitiva. Destes 12 mandados, 11 foram cumpridos em Minas. Foram apreendidos documentos, carros de luxo e R$ 500 mil em dinheiro.
Segundo Israel Carvalho, da Controladoria Geral da União, o esquema passou a ser investigado após uma denúncia do CGU à Receita Federal sobre irregularidades encontradas na prestação de contas e a possível sonegação de impostos referentes a operações da Oscip no programa Pró-Jovem, do Governo Federal, em 2011.
Os envolvidos podem responder por formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. As penas máximas podem chegar a 30 anos.
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