05/07/2013 - R7
Mais de 5.000 podem ter tido documentos usados por quadrilha de estelionatários que agia em SP e no CE
Polícia prendeu 37 suspeitos; patrimônio dos criminosos supera R$ 5 milhões.
Mais de 5.000 pessoas podem ter tido os documentos usados em uma fraude com cheques e cartões de crédito feita por uma quadrilha que agia em São Paulo e no Ceará. A polícia prendeu 37 suspeitos de participar do esquema. Segundo a polícia, o patrimônio dos criminosos supera R$ 5 milhões.
Os golpes começavam na cidade cearense de Itapipoca, a 140 km de Fortaleza. Ali os criminosos conseguiam os documentos usados nos estelionatos. RGs e CPFs eram usados para fazer documentos, cartões de crédito e na abertura de contas em bancos.
Com o dinheiro, a quadrilha comprou vários imóveis no Ceará e em São Paulo. Um mulher e um homem, que são irmãos, são integrantes da quadrilha. O patrimônio dos dois com carros de luxo e apartamentos ultrapassa R$ 5 milhões.
Com os criminosos, foram encontrados centenas de cartões de crédito, documentos falsos e três mil folhas de cheque em branco verdadeiras. A polícia suspeita que gráficas especializadas e até funcionários de bancos estejam envolvidos na fraude, como explica o delegado Breno Fontinelle.
— São pessoas que você vê são de alto padrão em São Paulo, frequetando melhores boates, viagens de cruzeiros. É carro de luxo, festa com uísque, tudo pago para todo mundo.
A delegada Elizabete Sato disse que a quadrilha ainda é responsável pelo assassinato de integrantes, numa espécie de Tribunal da Morte.
— As quadrilhas brigaram entre si, então um integrante de uma quadrilha assassinou o integrante de outra quadrilha.
Mais um caso
Em outro caso, ainda em São Paulo, a polícia prendeu um homem suspeito de outra fraude com cartões de crédito e débito. Ele seria o chefe da quadrilha de estelionatários. Os cartões deveriam chegar aos donos pelos correios, mas era desviados pelo bando, segundo conta o delegado Amadeu Ricardo dos Santos.
— Através de um equipamento eletrônico que ele possuía, ele conseguia ler as trilhas desses cartões, as senhas e efetuava a compra causando prejuízo às vítimas.
Mais de cem cartões foram encontrados com o suspeito que não tinha passagem pela polícia. O número de vítimas e de transações feitas com os cartões ainda não foi calculado.