22/10/2007 - 24 Horas News
Preso casal que aplicava golpes com cartões clonados; Polícia faz alerta
Por: José Ribamar Trindade
A Polícia prendeu um casal que vinha praticando golpes no comércio de Cuiabá, fazendo compras por telefone com cartões clonados. Tiane dos Santos da Silva, a “Titã”, de 33 anos, moradora da Rua Carlos Pereira Leite, no bairro Araés, em Cuiabá, usava o marido Aparecido Milan como “escudo” e o irmão, o ex-agente penitenciário Joilson dos Santos, atualmente preso como “professor”.
Titã e o marido Aparecido foram autuados em flagrante em crime de estelionato pelo delegado Fábio Silveira, no plantão do Centro de Integração, Segurança e Cidaddania (Cisc-Oeste) do bairro Verdão. Com a dupla a Polícia apreendeu natas e recibos fiscais referentes a compras feitas por telefone.
O GOLPE
Ao aprender a aplicar golpes com o irmão Joilson, preso no dia 17 de setembro deste ano pelo mesmo crime, Titã e Aparecidos resolveu continuar o legado do irmão. Ligavam para farmácias e lojas e compravam pelo telefone usando o nome da correntista Maria da Silva Oliveira, moradora do Poção, apenas um das vítimas até agora, segundo a Polícia.
Somente na Drogaria Farmad, localizada na Avenida Fernando Correa da Costa, no Coxipó, na Capital, Titã e o marido compraram, pelo menos sete vezes nos últimos dois meses. Presa, Titã contou que começou a comprar em 14 de novembro. Ou seja, ela caiu em contradição ao afirmar que aprendeu os golpes com o irmão, preso três dias depois que ela diz ter aplicado o primeiro golpe.
Titã conta inda, que ela e o irmão não usavam cartões clonados. Ela afirma que Joilson costuma revirar as lixeiras em buscas dos canhotos de compras feitas com cartões, cujos clientes costumam jogar fora sem rasgar.
Pelos canhotos ele descobriu o nome dos correntistas, os números dos cartões e muitas vezes até o telefone. Daí em diante, segundo ela, era só ligar, fazer os pedidos e passar os números do cartão. “Fique esperto. Quando fizer uma compra no cartão, por menor que seja não jogue o canhoto fora sem rasgar, de preferência bem miudinho. Ou leve para casa e destrua completamente”, alerta um investigador da Polícia Civil.