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11/10/2007 - Gazeta do Sul
Apuração de golpes será centralizada
Por: Ricardo Düren
As centenas de ocorrências registradas em todo o Rio Grande do Sul contra o chamado golpe da almofada deverão ser reunidas e os trâmites despachados de forma centralizada. Cerca de 40 pedidos de reembolso que chegaram ao Procom e Promotoria de Santa Cruz do Sul já foram encaminhados ao Ministério Público de Porto Alegre. Por sua vez, a Polícia Civil, encarregada de investigar o aspecto criminal da questão, pretende adotar medida semelhante.
Em Santa Cruz, quase 50 casos já foram comunicados à polícia só em outubro. As vítimas relatam ter adquirido almofadas fisioterápicas, oferecidas por ambulantes como fonte de cura para diversas doenças. Elas assumiram 36 prestações de R$ 29,00, descontadas do benefício do INSS – praticamente todas são aposentadas. Com a divulgação do esquema por toda a imprensa gaúcha, as pessoas passaram a procurar as autoridades.
Conforme a promotora de Defesa Comunitária em Santa Cruz, Roberta Brenner de Moraes, cerca de 40 casos chegaram a seu conhecimento por meio do Procom ou de vítimas que procuraram o Ministério Público. Segundo ela, as comunicações foram encaminhadas diretamente à promotoria de Porto Alegre, que nesta semana já obteve liminar proibindo a comercialização das almofadas e suspendendo as cobranças de prestação.
A Polícia Civil também pretende centralizar os casos que chegam às delegacias. “A idéia é que uma única investigação apure todo este esquema, visto por nós como um caso de estelionato. Se não conseguirmos a centralização em nível de Estado, o faremos em termos de região”, informou o delegado Luciano Menezes, da 1ª DP.
Dentre as vítimas que procuraram as autoridades em Santa Cruz está a aposentada Maria Ferreira Carvalho, 79 anos. Ontem, ela e o marido Valdemar Carvalho, 77, efetuaram registros no Procom, Promotoria e Polícia Civil. Moradores do Bairro Santuário, eles foram visitados por uma vendedora que teria prometido a cura dos problemas cardíacos de dona Maria por meio da almofada. “A estranha disse que faria bem ao coração e à pressão alta. Tudo mentira”, comenta o marido. Ele espera a suspensão das prestações. “Para quem ganha pouco, este desconto atrapalha bastante.”
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