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29/04/2012 - Económico
Antigo ministro das Finanças aponta que o BPN só chegou onde chegou porque "o Banco de Portugal falhou ano após ano".
Cadilhe diz que BPN foi "a maior fraude na banca portuguesa"
Em entrevista ao Diário de Notícia, Miguel Cadilhe sustenta que o que se passou no BPN "é a maior, a mais continuada e a mais ostensiva fraude na banca portuguesa".
O antigo ministro das Finanças e também antigo presidente do banco, afirma que a opção de Sócrates pela nacionalização foi apenas política e continua a defender o plano para um banco com capitais mistos.
Na entrevista, Miguel Cadilhe também deixa críticas a Vítor Constâncio, antigo governador do Banco de Portugal (e actual vice-governador do BCE), considerando que o seu papel à frente do banco central português foi "uma lástima". Para o antigo presidente do BPN, o caso só chegou onde chegou porque "externamente o Banco de Portugal falhou ano após ano". Sobre o papel de Constâncio, Cadilhe considera que foi "uma lástima" e "quase sempre um entrave, usando aquele estilo dubitativo que se lhe conhece".
O antigo ministro sustenta também que dele esperava um papel de sincero e efectivo apoio "à vontade de salvar o BPN", mas que, ao contrário, Constâncio regateou a liquidez, impôs um "mecanismo gota a gota, mesquinho e aflitivo" e asfixiou o BPN: "alegou a emergente crise internacional e tirou-nos o tapete".
Três anos depois da nacionalização do BPN, Cadilhe insiste que a salvação do banco passava por uma solução mista com capitais públicos e privados, uma opção rejeitada pelo Governo de José Sócrates, que não concedeu apoio de liquidez e optou por uma solução mais dispendiosa.
"Teixeira dos Santos e Sócrates escolheram politicamente contra nós. Porquê? (...) Por que não impediram certas entidades públicas de retirar grandes depósitos do BPN privado? Por que declararam que a nacionalização era grátis para os contribuintes?", questiona.
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