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01/10/2011 - Correio do Estado
Boatos sobre aftosa levam Governo a acionar a PF
Por: Edivaldo Bitencourt
O Governo de Mato Grosso do Sul acionou a Polícia Federal e as unidades da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para investigarem a ação de especuladores com o objetivo de derrubar o preço da carne bovina. Conforme a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), pessoas estariam aproveitando a confirmação do foco de febre aftosa no Paraguai para espalhar boatos sobre a doença no território sul-mato-grossense.
O pedido de investigação foi feito ontem de manhã, no mesmo dia em que ocorreu a primeira apreensão de animais transitando irregularmente na fronteira. Segundo a diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Carrijo, quatro suínos sem documentação foram apreendidos no início da tarde de sexta-feira em Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai. "Estamos fazendo um pente fino tão grande, que até suínos estamos apreendendo", ressaltou.
O Governo emitiu nota para deixar claro que visa combate a ação de especuladores. Maria Cristina informou que pessoas estariam divulgando informações falsas de que animais doentes teriam sido encontrados no território sul-mato-grossense. Ela explicou que a ação visa derrubar o preço do boi na Bolsa de Valores.
"Para conter os boatos e evitar esses prejuízos, a Polícia Federal e a Segurança Pública de Mato Grosso do Sul já estão sendo mobilizados para investigar a origem e a responsabilidade dos boatos, visando esclarecer a verdade e punir os responsáveis", ressalta o Governo, em nota distribuída ontem.
A decisão conta com o apoio dos produtores rurais. "O Governo deve combater o ataque de especuladores, deve investigar", defendeu o presidente do Sindicato Rural de Ponta Porã, Jean Pierre Paes Martins. A decisão de acionar a Polícia Federal surpreendeu a Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul). "O maior prejudicado é produtor", afirmou o presidente da Acrissul, Chico Maia.
Tranquilo
No entanto, a decisão não conta com respaldo de todos os órgãos envolvidos no controle sanitário. O superintendente regional de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Orlando Baez, voltou a ressaltar que não vê a intranquilidade enxergada pelas autoridades estaduais. "Não há com o que se preocupar, a situação está sob controle", ressaltou Baez.
O analista de pecuária da Rural Business, Júlio Brissac, concorda com Baez. Ele afirmou que o mercado é movido a especulação. No entanto, a cotação do boi segue estável no Estado, com a arroba cotada a R$ 94 ontem.
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