23/03/2010 - Angola Press
Polícia advoga combate cerrado à fraude documental
Luanda - O segundo-comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Paulo de Almeida, alertou hoje, terça-feira, em Luanda, para a necessidade de um combate cerrado à fraude documental no país, já que pode concorrer para a insegurança pública nacional.
A alta patente da Polícia Nacional falava na cerimónia de abertura do Seminário sobre Fraude Documental, que reúne especialistas dos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME), Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e Serviço de Inteligência e Segurança do Estado.
"Entre nós, em Angola, a fraude documental pode transformar-se num problema de segurança pública nacional, se não for detectada e combatida oportunamente", alertou.
Paulo de Almeida revelou que a fraude documental constitui preocupação das autoridades policiais e judicias, na medida em que tem sido facilitador para o cometimento dos vários crimes, sobretudo os de falsa identidade.
Disse que os autores são geralmente elementos tecnicamente bem preparados. As falsificações "são também cientificamente bem feitas e praticamente réplicas de originais, que incidem mais em documentos de viagem, títulos bancários, identificação e alfandegários".
"Nos últimos tempos temos registado elevado número de falsificação de documentos, o que nos leva antever tratar-se de agências organizadas para sustentar propósitos de elementos que pretendem, por vias ilícitas, normalizar a sua inserção na sociedade angolana", frisou.
Para si, as redes de falsificadores têm uma certa conotação com agências estrangeiras. "Muitos dos protagonistas dessas acções são elementos tecnicamente bem preparados e até mesmo com formação em academias e universidades estrangeiras".
O seminário, na sua primeira fase e previsto para três dias, decorre no Instituto de Ciências Policiais, à sul de Luanda, e conta com prelectores da Organização Internacional das Migrações (OIM). A segunda fase do projecto vai decorrer nas províncias de Cabinda e do Cunene.