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18/03/2010 - Mídia News
Documento sigiloso vazou com informações sobre quadrilha em Pontes e Lacerda.
Gaeco investiga fraude em divulgação de inventário
Por: Rafael Costa
O procurador-geral de Justiça Marcelo Ferra acionou o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para investigar uma suposta fraude no sistema de Intranet (uma rede de computadores privada) do Ministério Público Estadual (MPE). O corregedor-geral do Ministério Público, Edmilson da Costa Pereira, também está contribuindo com as investigações.
A investigação será feita por conta da divulgação, na Internet, de um inventário formulado pelo promotor de Justiça Luiz Gustavo Mendes de Maio. Com 47 páginas, o documento revela detalhes da formação de uma suposta quadrilha que comandaria o tráfico de drogas na cidade de Pontes e Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá) e ainda destaca nomes de policiais militares e civis, além de políticos, supostamente envolvidos em corrupção e crimes de pistolagem.
De acordo com relatos do promotor, revelados ontem pelo MidiaNews, o prefeito Newton de Freitas Miotto (PP) e o vice-prefeito Hilário Garbim (PP) são suspeitos de integrar a quadrilha envolvida com tráfico de drogas e com responsabilidade de repassar dinheiro mensalmente a um empresário acusado comandar uma quadrilha de 30 pessoas. O Grupo leva o nome de "G 30" e teria a participação de políticos, empresários, sindicalistas do meio rural e policiais civis e militares.
"Essa peça não é pública, deveria servir de conhecimento apenas ao promotor que iria assumir a Promotoria Criminal de Pontes e Lacerda. O sistema de Intranet foi quebrado e essa divulgação não partiu do Ministério Público. Por isso, queremos identificar os responsáveis", afirmou Ferra, em entrevista ao MidiaNews.
Embora reconheça a necessidade de identificar os responsáveis, o procurador-geral de Justiça pregou cautela e preferiu não apontar suspeitos. "O sistema foi quebrado, houve uma invasão da Intranet e tudo leva a crer que se trata de alguém de fora da sede do Ministério Público", disse Ferra.
Ele ainda assegurou que, se ficar comprovada a participação de algum servidor, haverá punição severa. "Estamos falando de uma hipótese, mas, se houver a participação de servidores, entendo que a medida mais cabível é abrir um processo administrativo disciplinar, que pode culminar no desligamento da instituição", afirmou.
Na rede
O inventário produzido pelo promotor de Pontes e Lacerda da época, Luiz Gustavo Mendes de Maio, foi disponibilizado numa página da Internet, especialmente criada para divulgação do material, porém, permaneceu no ar durante poucos dias e logo foi desativada. O pouco período de divulgação não impediu que moradores de Pontes e Lacerda tivessem acesso ao documento.
O documento foi encaminhado ao corregedor-geral do Ministério Público, Edmilson da Costa Pereira, no dia 12 de maio do ano passado e serviu de base para informações ao promotor que iria assumir a Promotoria Criminal em Pontes e Lacerda.
Luiz Gustavo Mendes de Maio foi transferido, após ter sido promovido de cargo.
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