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13/01/2007 - Jornal da Cidade de Bauru
Golpistas usam até emblema do governo do Estado de São Paulo
Por: Luciana La Fortezza
Até o emblema do governo do Estado já é utilizado por estelionatários. No vale tudo para aplicar golpes, eles se passam inclusive por servidores públicos. Mas por melhor que sejam os recursos ardilosos, nem sempre conseguem fisgar uma vítima. Pelo contrário. Um médico de Bauru, por exemplo, espera uma oportunidade para revidar e pegá-los “em flagrante” com o auxílio policial.
A expectativa tem justificativa: tentaram ludibriá-lo duas vezes com o mesmo golpe. Nesta semana, ao ler um aerograma com emblema do governo do Estado supostamente remetido pelo Fórum Central de São Paulo, foi informado que teria dinheiro a receber por ter contribuído com um fundo de previdência privado, que faliu. Uma ação teria revertido o prejuízo.
Bastava, no entanto, que ligasse no número indicado para receber as informações. Já desconfiado da “sorte eventual”, o médico ligou. Do outro lado da linha, informaram tratar-se mesmo do Fórum e transferiram a ligação para quem seria um advogado do Estado. Bem articulado, ele lhe informou que teria R$ 19 mil a receber, mas que antes deveria pagar R$ 1.800,00 pelas custas trabalhistas.
“Tem que desconfiar. O advogado tem os honorários para receber, mas primeiro é o cliente quem recebe. Só se deve pagar depois”, ressalta o delegado Seccional, Doniseti José Pinezi. Já alerta, o médico perguntou ao falsário como deveria proceder. Do outro lado, o rapaz explicou que ele poderia optar pelo boleto bancário ou pela intimação.
No primeiro caso, com o documento em mãos, ele pagaria os R$ 1.800,00 e depois receberia o valor via depósito bancário. Do outro modo, deveria aguardar intimação para ir ao Fórum e adotar procedimento semelhante. Mas a intimação chegaria por volta de setembro e outubro deste ano.
Percebendo a tentativa do golpista de pressioná-lo a receber o tal boleto bancário, o médico optou pela segunda proposta - até para se preparar para uma eventual “visita” pessoal. O nome do tal advogado consta na Internet como acusado do mesmo estelionato na cidade, segundo o médico.
O mesmo discurso do plano de previdência privado falido já havia sido usado contra o médico (que pediu para ter o nome preservado), há um ano. Na época, um suposto advogado lhe telefonou e informou do resultado vitorioso de uma suposta ação: teria R$ 33 mil a receber, desde que pagasse R$ 3 mil pelas custas. O médico sugeriu, então, que o advogado descontasse os R$ 3 mil dos R$ 33 mil, mas o advogado não aceitou. Chegou oferecer até R$ 15 mil ao interlocutor, desde que o restante do dinheiro fosse depositado em sua conta. Obviamente, o acordo não foi fechado.
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