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19/12/2006 - G1
Eletropaulo facilitará pagamento da dívida de fraudadores
Por: Ligia Guimarães
Os termos podem parecer sinônimos; mas, para a Eletropaulo, fraude e gato são coisas diferentes. Gato é a ligação clandestina feita por uma pessoa que nunca teve luz elétrica em casa; não tem, portanto, objetivo comercial. Já a fraude é a irregularidade cometida por aquele consumidor que já tem acesso à energia, mas rouba para diminuir a conta do final do mês.
São os fraudadores de baixa renda o foco da vez da Eletropaulo. Na tentativa de reverter o prejuízo causado pelas fraudes - que passa de R$ 350 milhões por ano - a companhia vai facilitar o pagamento da dívida dos fraudadores. Além de dobrar para 24 meses o número máximo de parcelas em que a dívida pode pode ser paga, mudaram os critérios para calcular o total do saldo devedor - e a conta ficou mais barata.
”O objetivo não é premiar o fraudador, mas possibilitar que as pessoas de baixa renda que furtaram energia tenham condições de pagar pelo consumo e voltar a ser consumidores regulares”, diz o gerente de recuperação de mercado da AES Eletropaulo, José Cavaretti. A empresa não cortará a luz de quem tiver fraudado o relógio.
O que muda
As medidas valem apenas para dívidas residenciais. Além do prazo maior, o consumidor de baixa renda (que ganha até R$ 100 por morador da residência) que quiser colocar as contas em dia vai ficar livre da taxa administrativa de 30% do valor total.
A Eletropaulo mudou ainda a forma de calcular a dívida de luz - o que deve reduzir em até 40% o valor total. Os atrasados serão cobrados retroativamente no máximo até dois anos - contas mais antigas que isso serão perdoadas.
O pacto foi motivado por uma ação civil pública movida pela Procuradoria de Assistência Judiciária - órgão que defende cidadãos sem dinheiro. Segundo a entidade, a Eletropaulo teria fiscalizado as residências, encontrado dívidas pesadas e cortado a energia, deixando os devedores sem luz.
E os gatos?
Segundo a Eletropaulo, o problema das ligações clandestinas precisa receber tratamento diferenciado porque é uma questão social. São R$ 450 milhões que a empresa deixa de arrecadar por ano.
Nesses casos, o consumidor não precisa pagar a dívida retroativamente e a companhia busca parcerias com as prefeituras para regularizar o consumo. Em 2006, foram R$ 45 milhões recebidos pela companhia em contas de luz que voltaram a ser pagas.
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